Tomara que não tenha aranhas por aqui

16 setembro 2017 —


“Quem é vivo, sempre aparece!” é algo que ouvi várias vezes recentemente. Talvez eu não ande sumida apenas da internet, mas da vida também. Confesso que estou numa fase na qual gostaria de deletar minhas redes sociais e dedicar minha vida ao prazer da meditação, mas infelizmente eu escolhi fazer uma gradução então, oras, devo arcar com as consequências.

Não tem sido fácil esses últimos tempos. Escrevi e apaguei inúmeras vezes. Tive mil e uma ideias mirabolantes para textos e até mesmo criei uma publicação no Medium pra compartilhar umas opiniões, mas não tem ido pra frente. Não porque não tenho leitores — na verdade, meio que tanto faz —, mas porque eu simplesmente não tenho tido tempo para elaborar de verdade tudo aquilo que tenho em mente.

Resolvi, no entanto, tirar as teias deste blog e escrever alguma coisa. Por que? Porque nem só de produção maravilhosa a gente vive: precisamos de um lugar pra falar umas belas bosta vez ou outra. Quem acompanha o blog sabe que ele é inteiramente pessoal e, por aqui, só tem atualizações de vez em quando falando que “ow, tô viva ainda, aconteceu isso esses tempos, não esqueçam de mim”. Foi só quando parei de fazer isso que percebi o quanto fazia falta.

Sinto-me morrendo um pouco todos os dias, não apenas pela faculdade ou pela exaustão mental após o trabalho, mas sim pelo medo que tem invadido meus pensamentos nos últimos tempos. Não me assustaria se, por acaso, meu psiquiatra me desse um diagnóstico de transtorno do pânico. Eu realmente tenho tido problemas com essa história de sair de casa.

Todo dia é uma graça e uma desgraça ao mesmo tempo. O clima de calor que tem feito em Curitiba nos últimos dias tem me animado, ao mesmo tempo em que sinto que a noite só traz decepção. Eu não tô mais sabendo lidar.

Por fim, algumas coisas que fiz durante esses tempos que passei sem dar as caras por aqui:

  • Adquiri um total de 8 tatuagens novas — farei um post sobre elas depois, caso alguém se interesse;
  • Mudei o turno da faculdade para a manhã. Achei que ia melhorar e, em certos aspectos, melhorou mesmo. Em outros, só piorou;
  • Passei a pegar carona com a minha sogra todos os dias para ir para a faculdade. Não consigo entender essa rivalidade entre noras e sogras. Nós nos damos tão bem que considero ela uma verdadeira amiga;
  • Tive que me desdobrar em várias para conseguir juntar os cacos das porradas emocionais que andei levando esses tempos, mas sigo em frente firme e forte (e na esperança de que, da próxima, o coração esmigalhe um pouquinho menos).
Tomara que vocês fiquem bem. ❤

Nenhum comentário

Postar um comentário